Produto biológico novo Tecentriq (atezolizumabe) foi aprovado para tratamento de carcinoma urotelial e de câncer de pulmão de não-pequenas células.
Foi publicado, no Diário Oficial da União desta segunda-feira (9/10), o registro do Tecentriq (atezolizumabe). O produto biológico novo foi registrado de acordo com o estabelecido na RDC 55/2010.
A substância ativa do Tecentriq, o atezolizumabe, é um anticorpo monoclonal. Ou seja, é um tipo de proteína projetada para reconhecer e se conectar à proteína PD-L1, que está presente na superfície de muitas células cancerosas.
O PD-L1 atua para “desligar” células imunes que, de outra forma, atacariam as células cancerígenas. Ao se conectar ao PD-L1 e reduzir seus efeitos, o atezolizumabe aumenta a capacidade do sistema imunológico para atacar as células cancerosas e, assim, diminuir a progressão da doença.
O produto Tecentriq (atezolizumabe) foi aprovado para as seguintes indicações terapêuticas:
– Como monoterapia, é indicado para o tratamento de pacientes adultos com carcinoma urotelial (UC) localmente avançado ou metastático após quimioterapia prévia à base de platina ou que sejam considerados inelegíveis à cisplatina.
– Como monoterapia, é indicado para o tratamento de pacientes adultos com câncer de pulmão de não-pequenas células (CPNPC) localmente avançado ou metastático após quimioterapia prévia. Pacientes com mutações ativadoras EGFR ou mutações tumorais ALK positivo devem ter recebido terapia alvo para essas alterações antes de serem tratados com Tecentriq.
No dia Internacional do Farmacêutico um destaque para áreas de atuação do Profissional Farmacêutico!
Os farmacêuticos que estão se formando, mas ainda não sabem onde podem trabalhar, é importante destacar: o farmacêutico tem sido cada vez mais solicitado em inúmeros segmentos da área da saúde e afins.
Desde laboratórios de análises, indústria alimentícia, farmácias magistrais, até as farmácias e drogarias, grandes empregadoras, o rol das áreas é diversificado:
Acupuntura – O farmacêutico, depois de realizar o curso de acupuntura, pode abrir uma clínica e realizar esta prática devidamente regulada pela legislação.
Administração de laboratório clínico
Administração farmacêutica – Desenvolve o uso correto do medicamento.
Administração hospitalar – No decorrer de sua carreira, este possui conhecimentos sobre saúde pública, economia, administração, entre outros, o que o tornam apto para administrar um hospital.
Análises clínicas – Além de gerenciar laboratórios, o farmacêutico possui conhecimentos em hematologia, citopatologia, bioquímica, morfologia celular e outros para o exercício desta função.
Assistência domiciliar em equipes multidisciplinares – Parte da assistência farmacêutica, onde temos o profissional realizando serviços de Saúde da Família.
Atendimento pré-hospitalar de urgência e emergência – Em serviços de emergência a atuação do farmacêutico pode evitar mortes, onde este, orientado pelo médico prestará o auxílio medicamentoso necessário.
Auditoria farmacêutica – Verifica se a indústria, farmácia, laboratório, etc, estão dentro das normas exigidas pela legislação.
Bacteriologia clínica – Detecta bactérias através de meios de cultura, identifica e faz laudos sobre os achados.
Banco de cordão umbilical – Utilização das células tronco do cordão umbilical, importante para pacientes que necessitam de medula óssea.
Banco de leite humano – O farmacêutico atua nas técnicas de conservação e testes laboratorias em bancos de leite.
Banco de sangue – Coleta, transportes e testes realizados no sangue, para sua posterior utilização.
Banco de sêmen – Conservação, testes da bioquímica do sêmen.
Banco de órgãos – Conservação, testes bioquímicos e outras análises.
Biofarmácia – Medicamentos feitos a partir de material vivo.
Biologia molecular.
Bioquímica clínica – Pode realizar a bioquímica do sangue, hemograma, bioquímica da urina, e outros.
Bromatologia – Estuda os alimentos e desenvolve produtos mais nutritivos e saudáveis.
Citologia clínica – Estudo das células na clínica.
Citopatologia – Observa se as células apresentam alguma anormalidade que as torne patológica.
Citoquímica – Estuda processos químicos nas células.
Controle de qualidade e tratamento de água, potabilidade e controle ambiental – Nas indústrias a qualidade da água é um fator essencial para a qualidade dos produtos, como exemplo podemos citar os injetáveis.
Controle de vetores e pragas urbanas – Nesta área o farmacêutico estabelece uma rotina para exterminar uma praga urbana.
Cosmetologia – Estudo dos cosméticos, formas de preparo, avaliação química, desenvolvimento, controle de qualidade, etc.
Exames de DNA.
Farmacêutico na análise físico-química do solo.
Farmácia antroposófica.
Farmácia clínica.
Farmácia comunitária – nos postos de saúde, clínicas médicas, entre outros.
Farmácia de dispensação.
Fracionamento de medicamentos – Vital para a economia e utilização racional do medicamento.
Farmácia dermatológica.
Farmácia homeopática – Dispensa e orienta sobre produtos homeopáticos.
Farmácia hospitalar – É a farmácia com função de atender pacientes internados ou de emergência, onde os cuidados e restrições são especiais.
Farmácia industrial – Produção de medicamentos, alimentos humanos e animais.
Farmácia magistral – manipulação de fórmulas.
Farmácia nuclear (radiofarmácia).
Farmácia oncológica – Produtos específicos para pessoas afetadas pelo câncer.
Farmácia pública – Farmácias dos governos federais, estaduais e municipais.
Farmácia veterinária – Produtos específicos para animais.
Farmácia-escola.
Farmacocinética clínica.
Farmacoepidemiologia – Controle de pragas e vetores de doenças.
Fitoterapia – Utilização de medicamentos fitoterápicos na cura de doenças.
Gases e misturas de uso terapêutico – Alguns destes gases são usados na anestesia.
Genética humana – Clínicas de reprodução e fertilidade humana.
Gerenciamento de resíduos dos serviços de saúde – O farmacêutico cuida dos matérias descartados, com atenção para a contaminação do meio ambiente.
Hematologia clínica – Bioquímica do sangue solicitada pelos médicos para desvendar doenças.
Hemoterapia.
Histopatologia – Define se o a composição histológica está normal ou patológica.
Histoquímica – Química dos tecidos.
Imunocitoquímica.
Imunogenética e histocompatibilidade.
Imunohistoquímica.
Imunologia clínica – Testes imunológicos reclamados pela clínica médica.
Imunopatologia.
Meio ambiente, segurança no trabalho, saúde ocupacional e responsabilidade social.
Micologia clínica.
Microbiologia clínica.
Nutrição parenteral.
Parasitologia clínica – Identifica parasitas.
Saúde pública – Em farmácias de postos de saúde, hospitais, ambulatórios. Assim como na prevenção de doenças. Toxicologia clínica.
Toxicologia ambiental – Estuda a contaminação tóxica de ambientes.
Toxicologia de alimentos – Realiza testes bromatológicos, determina quantidades viáveis de constituintes para alimentos, etc.
Toxicologia desportiva – Busca devendar casos de dopping, ou uso abusivo de substâncias por atletas.
Toxicologia farmacêutica – Estuda as relações tóxicas de medicamentos e fármacos no organismo humano ou animal.
Toxicologia forense – Investigação de overdoses, mortes por decorrência de produtos químicos, além de diversas outras análises.
Toxicologia ocupacional – Estuda a toxicologia dos trabalhadores e seu lugar de trabalho.
Toxicologia veterinária – Estuda as substâncias tóxicas que afetam os animais, assim como sua alimentação.
Vigilância sanitária – Fiscalização de estabelecimentos que devem seguir normas da vigilância sanitária do país.
Virologia clínica – Detecção e identificação de vírus causadores de doença.
Em qualquer área de atuação, sempre presente a valorização da vida!!!
Nucala (mepolizumabe) será indicado para o tratamento de asma grave em adultos.
Por: Ascom/Anvisa
Um novo tratamento para a asma foi aprovado pela Anvisa. O medicamento, inédito no Brasil, é o Nucala® (mepolizumabe), indicado para o controle da asma grave em adultos. A publicação do registro, no Diário Oficial da União, foi feita nesta segunda-feira (21/8).
Algumas pessoas com quadro de asma mais grave têm um tipo de glóbulo branco, chamado eosinófilos, no sangue e nos pulmões. Esses casos são chamados de asma eosinofílica.
O novo medicamento está enquadrado na categoria de produto biológico novo.
Como funciona o mepolizumabe?
O mepolizumabe bloqueia uma proteína chamada interleucina-5. Ao bloquear a ação desta proteína, limita a produção de mais eosinófilos pela medula óssea e diminui o número de eosinófilos na corrente sanguínea e nos pulmões.
Qual a indicação aprovada na bula?
O Nucala® foi aprovado com a seguinte indicação: “Nucala® (mepolizumabe) é indicado como tratamento complementar de manutenção da asma eosinofílica grave em pacientes adultos”.
INFORMATIVO FARMÁCIA NA PRÁTICA – SÉRIE SOROS – N° 05
📣Plantão Farmácia na Prática – Sempre trazendo Curiosidades, Novidades e Atualidades do Mundo Farmacêutico!!! 💊💊
SORO ANTIBOTRÓPICO – LAQUÉTICO (paciente)
APRESENTAÇÃO
O soro antibotrópico (pentavalente) e antilaquético, heterólogo e hiperimune, é apresentado em ampolas
contendo 10 mL de solução injetável da fração F(ab’)2 de imunoglobulinas específicas purificadas,
obtidas de plasma de equinos hiperimunizados com uma mistura de venenos de serpentes dos gêneros
Bothrops e Lachesis e acondicionadas em caixa com 05 unidades.
USO INTRAVENOSO OU SUBCUTÂNEO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada ampola de 10 mL contém:
Fração F(ab’)2 de imunoglobulinas que neutralizam no mínimo 50 mg do veneno de referência de
Bothrops jararaca e 30 mg do veneno de referência de Lachesis muta (soroneutralização em
camundongo)
Fenol …………………………………………………………………………………………………………………… (máximo) 35 mg
Cloreto de sódio …………………………………………………………………………………………………………………. 85 mg
Água para injetáveis ……………………………………………………………………………………………………. q.s.p. 10 mL
1. INDICAÇÕES
O soro antibotrópico (pentavalente) e antilaquético, heterólogo e hiperimune, é um dos tratamentos para
envenenamento causado por serpentes do gênero Bothrops (ex: jararaca, jararacuçu, urutu, cotiara, caiçara
e outras) ou ainda do gênero Lachesis (surucucu pico de jaca).
Características dos acidentes botrópicos e laquéticos
O soro antibotrópico (pentavalente) e antilaquético, heterólogo e hiperimune, somente deve ser
empregado em pacientes picados por serpentes do gênero Bothrops ou do gênero Lachesis caso não se
identifique a serpente responsável pela picada. Sempre que possível, deve-se proceder à captura
cuidadosa e segura da serpente para a sua identificação e a adoção do tratamento adequado.
As manifestações no local da picada causada por serpentes do gênero Bothrops podem ser bastante
evidentes e caracterizam-se por: dor imediata, de intensidade variável, que pode ser o único sintoma;
edema e equimose de instalação precoce, dentro das primeiras horas; bolhas, abcesso/infecção e necrose
que podem ocorrer nos dias subsequentes ao acidente.
As manifestações sistêmicas do envenenamento botrópico caracterizam-se por sangramentos espontâneos
em gengivas, pele, urina e feridas recentes; e alteração da coagulação sanguínea. Nos casos graves pode
ocorrer choque e insuficiência renal aguda.
As manifestações sistêmicas do envenenamento laquético caracterizam-se por alterações da coagulação,
com consumo de fibrinogênio e sangramentos, exacerbação do tônus vagal, com hipotensão arterial,
bradicardia, cólicas abdominais e diarreia.
ATENÇÃO: A sintomatologia do envenenamento por serpentes do gênero Bothrops é semelhante à
causada pelo gênero Lachesis. Na região amazônica e Mata Atlântica, os referidos gêneros estão
presentes, logo, nestas áreas a identificação da serpente se torna fundamental para o êxito do tratamento
específico. Caso contrário, será necessária a aplicação do soro antibotrópico (pentavalente) e
antilaquético.
Em caso de acidentes devem ser seguidas as seguintes recomendações:
Não usar garrote ou torniquetes.
Não fazer incisões no local da picada.
Não aplicar querosene, amoníaco ou outras substâncias no local da picada.
Não ingerir líquidos tóxicos ou bebidas alcoólicas.
Manter o paciente em repouso, evitando caminhar.
Manter o paciente hidratado.
2. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
O efeito do soro antibotrópico (pentavalente) e antilaquético, heterólogo e hiperimune, inicia-se
imediatamente após a sua administração, neutralizando as toxinas do veneno de serpentes do gênero
Bothrops ou do gênero Lachesis encontradas no sangue e depois, possivelmente, nos tecidos.
Os anticorpos, fração F(ab’) das imunoglobulinas específicas, contidos no soro heterólogo e hiperimune
ligam-se especificamente às toxinas do veneno, neutralizando-as
. Quanto mais precoce for a administração do soro, maior é o seu potencial terapêutico, desta forma, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Não é indicado nos acidentes causados por serpentes do gênero Crotalus (cascavéis) ou Micrurus (corais).
Nos pacientes com antecedentes alérgicos ou sensíveis a soros de origem equina, a infusão intravenosa do soro antibotrópico (pentavalente) e antilaquético, heterólogo e hiperimune, deverá ser feita em condições de estrita assistência médica, para observar o aparecimento de reações
anafiláticas e iniciar um tratamento intensivo das mesmas.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Em casos de edema intenso e ocorrência de necrose, realizar o tratamento cirúrgico.
Antibioticoterapia na presença de infecções secundárias e profilaxia do tétano são indicadas.
Insuficiência renal aguda é complicação grave no acidente botrópico. Cuidados especiais com a hidratação do paciente e função renal devem ser instituídos precocemente.
O uso do soro antibotrópico (pentavalente) e antilaquético, heterólogo e hiperimune, na gravidez e
lactação não é contraindicado, porém o médico assistente deve estar atento a essa condição.
Recomendações especiais
A insuficiência renal aguda é a complicação mais temida no acidente botrópico sendo também referida no
acidente laquético. Cuidados especiais com a hidratação do paciente e cuidado com a função renal devem
ser instituídos precocemente. Pelo risco potencial de bradicardia, hipotensão e choque, recomenda-se o
cuidado das funções vitais nos envenenamentos laquéticos. A administração do soro deve ser feita com
cautela em pacientes idosos.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Nenhuma medicação concomitante compromete o uso do soro, porém toda medicação que porventura
esteja sendo aplicada no paciente deve ser informada ao médico assistente.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
O soro antibotrópico (pentavalente) e antilaquético, heterólogo e hiperimune, deve ser conservado sob
refrigeração entre 2 ºC e 8 ºC. O soro não deve ser congelado.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem (embalagem e ampola).
Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
O prazo de validade deste soro é de 36 meses a partir da data de fabricação.
Após abertura da ampola, o soro deve ser administrado imediatamente.
O soro antibotrópico (pentavalente) e antilaquético, heterólogo e hiperimune, é uma solução límpida,
incolor ou ligeiramente amarelada, que não deve apresentar grumos ou partículas.
Não deve ser usado se houver turvação ou presença de grumos.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Aplique o soro antibotrópico (pentavalente) e antilaquético, heterólogo e hiperimune, em doses adequadas
o mais precocemente possível, sob estrita vigilância médica.
Classificação quanto à gravidade e dose recomendada
ACIDENTE BOTRÓPICO
Manifestações e Tratamento
Classificação (Avaliação Clínica Inicial)
Leve Moderada Grave
Locais: dor, edema, equimose Ausentes ou discretas Evidentes Intensas **
Sistêmicas: hemorragia grave, choque, anúria Ausentes Ausentes Presentes
Tempo de coagulação (TC)* Normal ou alterado Normal ou alterado Normal ou alterado
Soroterapia (quantidade de ampolas)
Via de administração Intravenosa
*TC normal até 10 minutos; TC alterado: prolongado de 10 a 30 minutos e incoagulável maior que 30 minutos.
** Manifestações locais intensas podem ser o único critério para classificação de gravidade.
ACIDENTE LAQUÉTICO
Manifestações e Tratamento Classificação
Náuseas/vômitos, sudorese, tontura, manifestações vagais:
bradicardia, hipotensão arterial, diarreia
Avaliada pelos sinais locais e intensidade das manifestações vagais
Soroterapia (quantidade de ampolas)
Via de administração Intravenosa
Em caso de dúvida diagnóstica, deve ser considerada a possibilidade de se tratar de um acidente
laquético. Neste caso, recomenda-se dose de 10 a 20 ampolas de soro antibotrópico (pentavalente) e
antilaquético, de acordo com a gravidade do caso.
A via de administração do soro recomendada é a intravenosa (IV) e o soro, diluído ou não em solução
fisiológica deve ser infundido entre 20 e 60 minutos, lentamente. Na impossibilidade de utilizar esta via, o
soro pode ser administrado por via subcutânea.
A necessidade de administração de doses adicionais, relativas às recomendadas, deverá ser avaliada de
acordo com o quadro clínico e o tempo de coagulação (TC). Se o TC permanecer incoagulável 24 horas
após a soroterapia, é recomendada dose adicional de 2 ampolas.
Em caso de picada de serpente, providencie o mais rápido possível uma assistência médica adequada.
Quanto mais precoce for a administração da primeira dose do soro, maior é o seu potencial terapêutico.
O soro antibotrópico (pentavalente) e antilaquético, heterólogo e hiperimune, deve ser aplicado sob
supervisão médica, preferencialmente pela via intravenosa, seguindo as doses estipuladas (VIDE
POSOLOGIA), sob a forma de infusão lenta e em AMBIENTE HOSPITALAR, pois pode desencadear
reações alérgicas, algumas delas potencialmente graves.
O paciente deve ser orientado a procurar assistência médica ao aparecimento de qualquer reação adversa
mesmo após o final do tratamento com o soro.
O soro antibotrópico (pentavalente) e antilaquético, heterólogo e hiperimune, pode ser administrado a
qualquer momento mesmo após refeições ou ingestão de bebidas alcoólicas, mas exige cuidado mais
rigoroso desses pacientes pelo risco de complicações relacionadas a vômitos (aspirações). O uso
concomitante de outros medicamentos não impede a utilização do soro.
REAÇÕES ADVERSAS
A administração de soros heterólogos e hiperimunes pode ser acompanhada de reações do tipo alérgico,
de graus variáveis. As mais frequentemente observadas são: prurido/rubor cutâneo, urticária, tosse
seca/rouquidão, náuseas/vômito, crise asmatiforme. Reações graves são pouco frequentes e o choque
anafilático foi descrito em 1:50.000 pacientes que fizeram uso do soro equino.
Por se tratar de soro heterólogo é possível o aparecimento de reações:
Reações precoces
São de frequência variável e ocorrem dentro das primeiras 24 horas após a administração do soro. São de
caráter anafilático ou anafilactoide, podem ser graves e necessitam de cuidados médicos. Estas reações
ocorrem com maior frequência entre pacientes anteriormente tratados com soro de origem equina.
Prevenção das reações precoces
Solicite informações do paciente quanto ao uso anterior de soro heterólogo e hiperimune (antitetânico,
antirrábico, antiofídico) e problemas alérgicos de naturezas diversas. Diante de respostas positivas,
considere o potencial de reações adversas e administre anti-histamínicos e corticosteroides na dose
recomendada, 15 minutos antes da aplicação do soro.
O teste de sensibilidade tem sido abandonado na rotina do tratamento com soros heterólogos, pois não
tem se mostrado eficiente para detectar a sensibilidade do paciente, podendo desencadear por si
mesmo, reações alérgicas, retardando a soroterapia.
Tratamento das reações precoces
Interrompa temporariamente a soroterapia e inicie o tratamento conforme a intensidade das reações.
No caso de urticária generalizada, crise asmatiforme, edema de glote ou choque, deve-se proceder à
administração imediata de adrenalina aquosa 1:1000, via subcutânea ou intramuscular, na dose de 0,3 a
0,5 mL em adultos e 0,01 mL/Kg em crianças, podendo ser repetida a cada 5 ou 10 minutos conforme
a necessidade. Na presença de crise asmatiforme, recomenda-se ainda a utilização de broncodilatadores
inalatórios ou aminofilina por via parenteral. Os corticosteroides e anti-histamínicos exercem papel
secundário no controle destas reações, podendo ser também utilizados. Após a remissão do quadro de
hipersensibilidade, reinstitua a soroterapia conforme a dose recomendada inicialmente.
Reações tardias
São, em geral, benignas e ocorrem entre 5 a 24 dias após a administração do soro. Caracterizam-se por:
febre, urticária, dores articulares, aumento dos gânglios e, raramente, comprometimento neurológico ou
renal. Esta reação é também conhecida pelo nome de “Doença do Soro” e é tratada de acordo com a sua
intensidade, através da administração de corticosteroides, analgésicos e anti-histamínicos.2
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA, disponível em , ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Em caso de eventos adversos, notifique também à FUNED por meio do link:
.
Informe também à FUNED por meio do seu Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC).
INFORMATIVO FARMÁCIA NA PRÁTICA – SÉRIE SOROS – N° 04
📣Plantão Farmácia na Prática – Sempre trazendo Curiosidades, Novidades e Atualidades do Mundo Farmacêutico!!! 💊💊📣📣📣 Soro antibotrópico (IVB)
Soro antibotrópico (IVB)
Composição:
O soro antibotrópico é uma solução purificada de imunoglobulinas específicas, obtidas de soro de eqüídeos hiperimunizados com veneno de serpentes do gênero Bothrops. O soro é purificado por digestão péptica e fracionamento salino. Usa-se fenol como preservativo a 0,35%. Cada mililitro neutraliza 5,0 mg de veneno de referência de B. jararaca, em camundongos.
Indicações:
Para o tratamento de acidentes comprovados de picadas de serpentes do gênero Bothrops (jararaca, jararacussu, urutu, cotiara e outras).
Observação:
Este soro não deve ser usado em acidentes provocados por serpentes dos gêneros: Crotalus (cascavel), Lachesis muta (surucucu, surucutinga, pico de jaca) e Micrurus (corais venosas).
Posologia e via de administração:
Devido à dificuldade de se saber a quantidade de miligramas de veneno inoculada, considerar, para efeito de posologia, o seguinte critério:
Casos Leves: Edema local discreto. Tempo de coagulação até 15 minutos. Aplicar 4 ampolas.
Casos Moderados: Edema local evidente. Tempo de coagulação até 60 minutos. Dor regional, sudorese, vômitos. Aplicar 8 ampolas.
Casos Graves: Edema local intenso, adenite regional e à distância, halo eritematoso e hemorrágico, hematúria, albuminúria, sudorese, hematêmese, melena, hemorragias externas. Aplicar 12 ampolas.
Observações:
Os acidentes ofídicos nas crianças são sempre mais graves, e a dose de soro nunca deve ser inferior à recomendada para o adulto. A determinação do tempo de coagulação tem sido usada como parâmetro da eficácia da dose de antiveneno. Se após 12 horas do início do tratamento o sangue estiver incoagulável, deve-se realizar uma soroterapia adicional para neutralizar 100 mg de veneno, por via intravenosa (2 ampolas).
Precauções necessárias para a administração do soro:
A aplicação dos soros contra picadas de animais peçonhentos deve ser precedida por teste de sensibilidade.
Teste de sensibilidade:
Teste por escarificação – provoca-se uma escarificação na pele e, em seguida, pinga-se uma gota do antiveneno. Leitura em 15 minutos.
Teste intradérmico:
Teste intradérmico: dilui-se 0,1 ml do antiveneno em 0,9 ml do soro fisiológico. Em seguida, aplica-se 0,1 ml dessa diluição por via intradérmica na face anterior do antebraço. Fazer, concomitantemente, teste-controle com o diluente, usando o mesmo volume (0,1 ml). Leitura em 15 minutos. O teste é positivo quando houver aparecimento de pápula maior que o do teste-controle e, especialmente, quando há formação de pseudópodos. Pacientes com históricos de reações alérgicas ou que já receberam soros heterólogos devem ser observados mais atentamente durante a aplicação do soro, devido a possibilidade de ocorrência de reação anafilática.
Reações posteriores à soroterapia:
A injeção de globulinas pode desencadear, em alguns pacientes, a doença do soro, que se manifesta entre 5 a 20 dias depois da soroterapia. Caracteriza-se por febre, urticária, dores articulares, linfoadenopatia. Deve ser tratada com anti-histamínicos e corticosteróides.
Conservação:
Entre 4 e 8ºC, evitar congelamento
Apresentação:
Ampolas de 10 ml com capacidade de neutralizar 50 mg de veneno de referência de B. jararaca em camundongos.